quarta-feira, 1 de junho de 2011

CORPOS INCORRUPTOS II - HISTÓRICO



O primeiro documento de autenticidade indiscutível que relata uma Incorrupção, data do século IV e é redigido por Paulino, secretário de Santo Ambrósio, Bispo de Milão: este documento é redigido em forma de carta dirigida ao Bispo de Hipona, Santo Agostinho.

Paulino descreve o descobrimento feito por Ambrósio:






"Por este tempo, ele (Ambrósio) encontrou o corpo do mártir Nazário que se encontrava enterrado num jardim fora da cidade de Milão; recolheu o corpo e o transladou para a Basílica dos Apóstolos.






SÃO NAZÁRIO EM PÉ 



No túmulo foi encontrada a cabeça que fora decepada pelos inimigos, em perfeito estado, como se tivesse apenas sido colocada junto ao corpo, do qual emanava sangue vivo e uma fragrância que superava todos os perfumes.

 Tinham transcorrido 200 anos do martírio.





Mais preciso e mais digno de crédito é o relato de Eugippius acerca do corpo de São Severino, bispo de Noricum, morto em 482.








Seis anos após sua morte, o corpo foi encontrado incorrupto. Embora existam muitos outros casos a partir do século IV até o século XVI, interessam-nos mais as preservações a partir do século XVI, por possuirmos fontes históricas mais comprovadas e mais fidedignas.



Em 19 de outubro de 1634, falecia a Madre Inês de Jesus, priora de Langeac.



Seu corpo, sem sofrer qualquer processo de extração de entranhas ou de embalsamento, foi sepultado na sala capitular, ao lado de outros membros da comunidade.

Passados alguns anos, o Sr. Bispo, em vista do processo de Beatificação, ordenou que seus restos fossem exumados.







O corpo foi encontrado sem sinal de decomposição.

 Transladações e verificações foram realizadas até o ano de 1770.

Em 1698 e 1770, cientistas, cirurgiões e médicos declararam que humanamente, a preservação do corpo era inexplicável.



São Vicente de Paula faleceu em 1660, para atender aos pedidos de canonização a exumação do corpo foi feita em 1712, depois de mais de 50 anos de sua morte.







Aberto o túmulo, na expressão de uma testemunha ocular "tudo estava como quando foi enterrado".




 Quantos puderam vê-lo, observaram que seu corpo estava em perfeitas condições e os médicos atestaram que o corpo não podia ter sido preservado por meio natural algum, durante tanto tempo.



A beata Maria Ana de Jesus, terciária da ordem de Nossa Senhora da Redenção, nascida em Madrid e falecida na mesma cidade em 1642; teve o corpo preservado da decomposição.

 Pouco depois de sua morte, o Cardeal Treso, Bispo de Málaga e presidente da Castela; que a conhecera pessoalmente em vida, no processo de beatificação, declara Ter estado presente na primeira exumação e afirma:






 "Eu ví e me assombrei ao presenciar que o corpo morto há anos, sem que tivessem sido retiradas as vísceras ou embalsamado, pudesse estar tão perfeitamente conservado que nem sequer o abdômen e nem as faces oferecessem sinal de deteriorização, com exceção de uma mancha nos lábios, embora esta já a tivesse em vida".



 

Em 1731, tendo já transcorridos 107 anos da morte da Serva de Deus, teve lugar uma inspeção oficial e mais completa, por ordem das autoridades eclesiasticas interessadas na causa da Beatificação.

Os restos mortais se apresentavam suaves, flexíveis e elásticos ao tacto.

Esta investigação teve lugar em Madrid, tendo sido fácil reunir médicos e peritos.

Nove professores de medicina e cirurgia tomaram parte nas investigações e depuseram como testemunhas.

Foram feitas incisões na parte carnosa e no peito; foram estudados os orifícios naturais por onde poderiam Ter sido introduzidos preservativos contra a putrefação.

 Foi uma verdadeira dissecação.



Após completar as investigações, os médicos declararam:

" Os órgãos internos, as vísceras e os tecidos carnosos, estavam todos eles intactos, sãos, úmidos e elásticos".



Baseada nesse testemnho, a Congregação dos Ritos aceitou a preservação como fato milagroso, apesar de 35 anos mais tarde, antes que fosse publicado o decreto de beatificação, uma terceira inspeção revelasse que na oportunidade, o corpo já não era mais flexível e brando.

Os tecidos tinham endurecido, mas não estavam decompostos.



Do relato aparece claramente que o corpo da Beata fora preservado da corrupção, não devido a um processo de saponificação ou de mumificação.

Seria incrível que competentes cirurgiões, após as incisões e os exames das vísceras, descrevessem os tecidos como sãos e intactos se os mesmos se tivessem se convertido numa massa adipoeira.

Além do mais, eles insistem que o corpo, cem anos depois da morte, estava elástico e perfeitamente flexível, enquanto que outros corpos enterrados na mesma cripta, tinham seguido a lei natural da decomposição.



Uma outra narração nos chama a atenção; é a do mártir jesuíta André Bobola, que tendo combatido com sua palavra, os cismáticos russos, tornando-se conhecido como o "apóstolo de Pinsk", atraiu o ódio de seus adversários, os cossacos; e foi submetido a um cruel martírio.




Em mãos dos cossacos, e recusando-se a aceitar o cisma russo, foi açoitado , ultrajado de uma maneira incrível.

Foi praticamnte esfolado vivo, cortada uma mão, enfiados estiletes de madeira por debaixo das unhas, arrancada sua língua, e sua fisionomia tão deformada que mal parecia homem.



"Sangrava, afirmava uma testemunha, como um boi no matadouro".

Após horas de tormento, saciados já os sanguinários e dando apenas sinais de vida, desferiram-lhe um golpe de espada na garganta.

Após jogar o deformado cadáver numa esterqueira, retiraram-se os cossacos e os católicos recolheram os restos mutilados e os enterraram às pressas na cripta da Igreja dos Jesuítas, em Pinsk.



Quarenta e quatro anos mais tarde, o reitor do colégio dos jesuítas de Pinsk, por uma visão ou sonho que acreditou ser sobrenatural, fez uma investigação para encontrar o corpo do mártir.

Foi encontrado, segundo todas as aparências, exatamente no mesmo estado em que fora depositado: com as mutilações, continuava integro e incorrupto; as articulações continuavam flexíveis; a carne, nas partes menos afetadas pelas mutilações era elástica e o sangue que cobria o cadáver parecia recém-coagulado.

O último exame ordenado pela Santa Sé, teve lugar e 1730- setenta anos depois da morte.

Seis eclesiásticos e cinco médicos mantiveram as declaraçoes anteriores.

Também eles declararam que o corpo, exceto as feridas causadas pelos assassinos, estava intacto; a carne conservava-se flexível e que sua preservação não poderia ser atribuída a uma causa natural.

Em 1835, a preservação do corpo foi aceita pela Congregação dos Ritos, como um dos milagres exigidos para a beatificação.

 Segundo testemunhas, nenhum corpo dos depositados na cripta onde se encontrava o corpo de André Bobola foi preservado.



Não se pode afirmar que tal fato pertença somente aos séculos passados; Santa Madalena Sofia Barat, fundadora da sociedade do Sagrado Coração, faleceu em 1865; vinte e oito anos mais terde, seu corpo foi encontrado quase pefeitamente inteiro, embora o ataúde estivesse parcialmente podre e recoberto de mofo.






Imunidade idêntica foi outorgada a Joào batista Vianney, o célebre Cura De Ars que morreu em 1859 e foi beatificado em 1905.













São João Maria Vianney






 Identico privilégio coube à vidente de Lourdes, Bernardete Soubirous; faleceu em 1879 com a idade de 34 anos.

Em 1909, passados 30 anos, o corpo foi exumado e uma testemunha afirma:

"Nào havia o menor indício de corrupção. Seu rosto aparecia levemente escurecido e os olhos um tanto afundados, parecendo estar dormindo."

 O corpo foi novamente encerrado num ataúde juntamente com um informe do estado em que foi enontrado.














Poderíamos continuar a enumerar fatos, mas os já citados são suficiente para dar um idéia do fenômeno da Incorrupção e sua inexplicabilidade.

Digo inexplicabilidade, porque, apesar de existirem outros tipos de incorrupção, não coincidem com a exposta.

Pois, nos casos acima relatados, os corpos não foram mumificados, o ambiente em que foram encontrados era propício à decomposição e mesmo assim permaneceram incorruptos.

A incorrupção é considerado um sinal de Deus pela Igreja (milagre), depois que todas as outras possíveis causas naturais não conseguem explicar o fato.

As causas naturais de uma incorrupção podem ser o ambiente úmido, a terra, etc, no entanto,  nos casos relatados o ataúde apodrecia, outros corpos na mesma cripta se decompunham, mas o do santo ou santa, em questão, não.

A incorrupção também não significa que ele nunca vai se decompor.

Após ser constatado o fato milagroso, o corpo do santo ou santa em um dado momento perece normalmente, por isso alguns são embalsamados, somente após se constatar o fato milagroso, como é o fato do corpo de Bernadete, que foi colocado cera para mantê-lo preservado em contato com o ar.

O milagre está na preservação por tão longo período sem explicação natural




















BEATA INES DE JESUS DE LANGEAC


SÃO NAZARIO


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