quinta-feira, 23 de maio de 2013

DEUS QUER QUE CELEBREMOS OS SANTOS - BÍBLIA E TRADIÇÃO DA IGREJA FUNDADA PELO SENHOR


ÍNDICE:
1- PORQUE A IGREJA CELEBRA E FESTEJA OS SANTOS?
2- O VALOR DA INTERCESSÃO DOS SANTOS.
3- MAS PODEMOS PEDIR ORAÇÃO AOS QUE MORRERAM?
4 - PORQUE OS SANTOS NAO CESSAM DE INTERCEDER POR NÓS?



1- PORQUE A IGREJA CELEBRA E FESTEJA OS SANTOS?



Porque Deus quer que celebremos seus Santos, como Jesus mesmo nos disse:

" Em verdade eu vos digo: em toda parte onde for pregado este Evangelho pelo mundo inteiro, será contado em sua memória o que ela fez." (Mt 26,13)

Nesse trecho do Evangelho, Jesus deixa claro que a Igreja fará memória da Mulher que amou tanto Jesus que o manifestou em obras.

Eis o trecho do Evangelho Mateus 26:

"10. Jesus ouviu-os e disse-lhes: Por que molestais esta mulher? É uma ação boa o que ela me fez.

11. Pobres vós tereis sempre convosco. A mim, porém, nem sempre me tereis.
12. Derramando esse perfume em meu corpo, ela o fez em vista da minha sepultura.
13. Em verdade eu vos digo: em toda parte onde for pregado este Evangelho pelo mundo inteiro, será contado em sua memória o que ela fez. "



Celebrando a memória dos santos, primeiramente da Santa Mãe de Deus, em seguida dos apóstolos, dos mártires e dos outros santos, em dias fixos do ano litúrgico, a Igreja manifesta que está unida à Liturgia Celeste (Apo 4.5.7,13-15; Heb 12,22-23); glorifica a Cristo por ter realizado sua salvação em seus membros glorificado:

"Vós, ao contrário, vos aproximastes da montanha de Sião, da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial, das miríades de anjos, da assembleia festiva dos primeiros inscritos no livro dos céus, e de Deus, juiz universal, e das almas dos justos que chegaram à perfeição..." (Heb 12,22-23)




"Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão, e bradavam em alta voz: A salvação é obra de nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro....Por isso, estão diante do trono de Deus e o servem, dia e noite, no seu templo. " (Apocalipse 7,9-10.15)




O exemplo delas e deles nos estimula no caminho para o Pai, por isso São Paulo nos diz: "atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós;"  (Filipenses 3,17).



"Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. "

(Tiago 5,10)


 Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solene que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está em si e sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores, pois "não se acende uma luz para se colocar debaixo do aqueire, mas sim para coloca-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos que estão em casa." (Mt 5,15)



"Os santos e as santas sempre foram fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis da história da Igreja."
 Com efeito, "a santidade é a fonte secreta e a medida infalível de sua atividade apostólica e de seu elã missionário".

 Assim, a Igreja não cessa de nos mostrar Santos, que são exemplos de fé para nós (Fil 3,17) e modelos de vida, oração  e sacrifício por amor a Jesus (Tg 5,10):


"Portanto, quem der testemunho de mim diante dos 

homens, também eu darei testemunho dele diante de meu 

Pai que está nos céus."

(Mt 10,32-33)





Quando, no ciclo anual, a Igreja faz memória dos mártires e dos outros santos, "proclama o mistério pascal" naqueles e naquelas "que sofreram com Cristo e estão glorificados com ele (Apo 7,14-15), e propõe seu exemplo (Fil 3,17) aos fiéis para que atraia todos ao Pai por Cristo e, por seus méritos, impetra os benefícios de Deus" (EX 32,13).

Ao celebrar os Santos, glorificamos a Deus por suas vidas. Nosso louvor não se presta ao Santo, mas a Deus que operou maravilhas na vida desse servo, pois  "vendo suas obras glorificamos ao Pai que está nos céus" (Mt 5,16).




2- O VALOR DA INTERCESSÃO DOS SANTOS:



Invocamos o nome de seus Santos, lembrando Moisés, que para aplacar a ira divina não exitou em lembrar ao Senhor os méritos de seus servos Abraão, Isaac e Jacó, já mortos, invocando seus nomes:



"Lembrai-vos de Abraão, de Isaac e de Israel, vossos servos, aos quais jurastes por vós mesmo de tornar sua posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e de dar aos seus descendentes essa terra de que falastes, como uma herança eterna.” (Ex 32,13)





Lembrando que Nosso Senhor disse, que seus Santos estão vivos diante de Deus:

"Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para ele." (Lucas 20,8)





Pois "pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo (2 Cor 5,1-2; Apo 14,4), consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja.



 Eles não deixam de interceder por nós ao Pai ( Apo 6,9-11; Heb 12,1) apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio.

Dessa forma, "veneramos a memória dos habitantes do céu não somente a título de exemplo; fazemo-lo ainda mais para corroborar a união de toda a Igreja no Espírito (1 Cor 12,12-13; Heb 12,22-23), pelo exercício da caridade fraterna.

Pois, assim como a comunhão entre os cristãos da terra nos aproxima de Cristo, da mesma forma o consórcio com os santos nos une a Cristo, do qual como de sua fonte e cabeça (Ef 4,15-16), promana toda a graça e a vida do próprio Povo de Deus".


As testemunhas que nos precederam no Reino, especialmente as que a Igreja reconhece como "santos", participam da tradição viva da oração pelo exemplo modelar de sua vida, pela transmissão de seus escritos e por sua oração hoje:

"Desse modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas, desvencilhemo-nos das cadeias do pecado. Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus." (Heb 12,1)

Contemplam a Deus, louvam-no e não deixam de velar por aqueles que deixaram na terra.

Entrando "na alegria" do Mestre (Luc 23,43), eles foram "postos sobre o muito".

Sua intercessão é o mais alto serviço que prestam ao plano de Deus:

" É também por isso que, vivos ou mortos, nos esforçamos por agradar-lhe." (2 Cor 5,9)


" Por isso, estão diante do trono de Deus e o servem, dia e noite, no seu templo." (Apo 7,15)



 Podemos e devemos pedir-lhes que intercedam por nós e pelo mundo inteiro:


"Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens" (2 Tim 2,1)




3- MAS PODEMOS PEDIR ORAÇÃO AOS QUE MORRERAM?



 Essa é uma pergunta tipicamente protestante, pois a maioria deles não crê na vida da alma após a morte, mas dizem que ela esta dormindo. Confundem a metáfora da morte com o sono, como uma realidade doutrinal e não compreendem a evolução da concepção de morte do Antigo Testamento para a concepção de morte da doutrina cristã.


 



"Uma vez que todos os crentes formam um só corpo (1 Cor 12,27), o bem de uns é comunicado aos outros... e a morte, não nos separa de Cristo:

"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." 
(Romanos 8,38-39)

 Em Cristo, continuamos a ser um só, pois vivos ou mortos pertencemos ao Senhor (Rom 14,8), assim os Santos podem interceder por nos, pois oram como membros do Corpo da Igreja, da qual Cristo e sua Cabeça (Col 1,18).

  Existe uma comunhão dos bens na Igreja e os Santos, como membros do Corpo de Cristo (1 Cor 12,12.14), também oram por nos, pois Cristo vive para interceder (Heb 7,25), mas não intercede sozinho, todos na terra ou no céu podemos nos ajudar pela oração.

 Como esta Igreja é governada por um só e mesmo Espírito (1 Cor 12,4.13), todos os bens que ela recebeu se tornam necessariamente um fundo comum, e o que chamamos de tesouro da Igreja.

A esse tesouro pertence o valor verdadeiramente imenso, incomensurável e sempre novo que têm junto a Deus as preces e as boas obras da Bem-aventurada Virgem Maria e de todos os santos que, seguindo as pegadas de Cristo Senhor, por sua graça se santificaram e totalmente acabaram a obra que o Pai lhes confiara, de sorte que, operando a própria salvação, também contribuíram para a salvação de seus irmãos na unidade do corpo místico", por isso lemos no Apocalipse 14,13:

"Eu ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Felizes os mortos que doravante morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os seguem."
"Punham tudo em comum" (At 4,32). "Tudo o que o verdadeiro cristão possui, deve considerá-lo como um bem que lhe é comum com todos, e sempre deve estar pronto e disposto a ir ao encontro do indigente e da miséria do próximo. O cristão é um administrador dos bens do Senhor.

 A comunhão da caridade.

 Na "comunhão dos santos" "ninguém de nós vive e ninguém morre para si mesmo" (Rm 14,7). "Se um membro sofre, todos os membros compartilham seu sofrimento; se um membro é honrado, todos os membros compartilham sua alegria. Ora, vós sois o Corpo de Cristo e sois seus membros, cada um por sua parte" (1Cor 6-27).

"A caridade não procura seu próprio interesse" (1 Cor 13,5) O menor dos nossos atos praticado na caridade irradia em benefício de todos, nesta solidariedade com todos os homens, vivos ou mortos, que se funda na comunhão dos santos. Todo pecado prejudica esta comunhão.




Por isso, não cessamos de receber gracas de Deus através da intercessão de seus Santos, pois como membros do corpo de Cristo, vivos ou mortos pertencemos ao Senhor (Rom 14,8) e  oramos, nos e os Santos que estão no céu (Heb 12,22-23), junto com a Cabeça da Igreja, que é Cristo (Ef 1,23).



4- PORQUE OS SANTOS NÃO CESSAM DE INTERCEDER POR NÓS?

Os Santos não cessam de interceder por nós, pelo vínculo da caridade que nos une para que "
 cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo" (Ef 4,15).



Todos os Santos oram por nós e a intercessão deles visa o crescimento da Igreja, a nossa salvação:



"É por ele que todo o corpo - coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria - efetua esse crescimento, visando a sua plena edificação na caridade." (Ef 4,16)

Os Santos oram para que se complete o número dos que devem ser salvos e pelo desfecho pleno da História da Humanidade:

"...vi debaixo do altar as almas dos homens imolados por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários.

10. E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra?
11. Foi então dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que estavam com eles para ser mortos." (Apocalipse 6,9-11)




"Sinto-me pressionado dos dois lados: por uma parte, desejaria desprender-me para estar com Cristo - o que seria imensamente melhor;"

(Fil 1,23)


FONTES:


http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/s/santos.html

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