quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Maria não é agraciada, é a Graça Plena


O anjo, conforme o grego de Lucas, chama Maria de kecharitomêne, que significa não só “cheia de graça”, mas algo como “completa, totalmente cheia de graça a ponto de não restar nem um sinal de mancha”, “repleta da graça, sem lugar para o pecado.”

 Esse é o sentido da saudação do anjo, que, aliás, Maria não entendeu.

 Ser agraciado é algo que ela entenderia, e por isso não faz sentido que tenha se posto a pensar no que seria a saudação, nem que seu coração se tenha perturbado, como segue o versículo. Se tal ocorreu é porque a notícia foi espantosa: 

 Maria viu-se não só agraciada, mas totalmente cheia da graça, e com a nova de que não tinha espaço para o pecado, para o erro, para aquilo que a afastaria, naturalmente, de Deus. 

Em Maria, não há lugar para o pecado, não só porque ela se privou de cometer os pessoais , como também nem mesmo o pecado original, aquela mancha transmitida à toda a descendência adâmica, a tocou, enchendo de ódio a Satanás, “autor e princípio de todo pecado.” (Gen 3,15, Apo 12, 15.17)

Nenhum comentário:

Postar um comentário